sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Veja, entenda.

Vejo, não só eu, porém vejo algo, que não vejo, algo que não se vê, doença que quando mal se vê não se vê mais, impedindo então que se veja, aquilo que se vê.
Vejo porém, algo que também, não posso ver, mas vejo, enquanto cego tento ver. Vejo então o que não vejo ao buscar o que quero ver.
Pois vendo, vejo o que não se vê. Mas quando não vejo, não posso ver, muito menos compreender aquilo que não se vê, impedindo-me então de me ver ao deixar de ver aquilo que mesmo tentando, sempre, ver nunca conseguirei ver.
Vejo por fim, o fim da visão, onde não posso mais ver o que se vê ou que não se vê, verei então aquilo que jamais verei, enquanto silenciosamente espero pela vista daquilo que sempre sonhei, embora cego, ver.